quinta-feira, 1 de abril de 2010

Preciso me desprender da preocupação antecipada, sair da sala de espera dos problemas, não adianta viver assim. Não posso adivinhar o que estar prestes à acontecer e preciso aceitar que esse poder não me foi dado. Quero voar mais alto do que já voei, estou pousando numa pista que não me pertence. Ansiedade, meu defeito adquirido durante todo esse pouco tempo que vivi e não vejo a hora de me desfazer dela. Unhas quebradas, lábios levemente mordidos, eis o resultado de tanta ansiedade sem motivos. Preciso de uma praia, de um vento mais puro, contemplar as estrelas, conversar sozinha comigo mesma. Quero gargalhadas seguidas de lágrimas, abraços e beijos. Preciso de tempo pra repor minhas energias, preciso de uma oração pra me restaurar e me tirar desse cansaço. Preciso improvisar uns dias melhores com mais tranqüilidade, sem nenhuma pressa de viver!!!

Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, um alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá.

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