sábado, 20 de março de 2010

A gente arruma a vida como se arrumasse um guarda roupa. As decisões mais difíceis são empurradas pro fundo como aquelas roupas de frio que você não vai usar tão cedo. Aquelas com as quais nos confrontamos ficam á vista, desorganizadas como as partes do dia-a-dia. Coloca-se as coisas no lugar, tentando-se esconder a intenção de consertar a cabeça, o coração, a vida. Visitas regulares, rotina cotidiana perfeita. O encontro. A saudade. Certeza de tudo, ou do nada. Mas certeza. Seria sol ou chuva, aqui ou lá. Mas seria. Seria forte, seria intenso, seria amor. Arrumar o quarto, deixar do meu jeito. Agora é meu. Tenho meu espaço, cheio de tanta coisa guardada, escondida. É pra tentar tapar a falta que me ficou faltando,em estado ou circunstância.E antes que eu me esqueça: tudo clareou como o sol pela fresta da cortina fechada. Deixando as coisas mais visíveis, o ambiente mais iluminado. Os móveis são os mesmos, mas agora em outros lugares. As coisas ficam mais fáceis de se ver, trazem um outro significado aos olhos E eu me tornei a melhor amiga do tempo. A maior seguidora das boas vibrações. Os sentimentos descarados, as verdades desmedidas, o caminho relevante sem volta. A falta deixou de me faltar. A ausência ficou apertada em meio a tanta coisa boa. E concluí que estar distante não quer dizer estar longe. Pelo menos pra mim.

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